segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Planeta Próxima B foi descoberto e está localizado em uma região “habitável”

Pesquisadores franceses anunciaram nesta quinta-feira que um oceano pode recobrir a superfície de Próxima B, o discreto planeta próximo ao nosso cuja descoberta causou alvoroço no mês de agosto.


O pequeno Próxima B foi descoberto em órbita em torno da estrela mais perto do Sistema Solar, a Próxima Centauri, a “apenas” 4,2 anos-luz da Terra.

O planeta está localizado em uma região “habitável” que permite a presença de água líquida na superfície, condição necessária para a vida. Devido à sua proximidade, ele poderia ser o primeiro planeta fora do nosso Sistema Solar a receber a visita de uma sonda espacial, razão pela qual sua descoberta, no dia 24 de agosto, foi tão comentada.

Próxima B possui uma massa semelhante à da Terra (1,3 vezes maior) e orbita ao redor de sua estrela a uma distância de 0,05 unidades astronômicas (um décimo da distância do Sol a Mercúrio).


Ilustração de Próxima B. (AFP)
Uma equipe internacional dirigida pelo Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS) e pela Universidade de Aix-Marseille realizou simulações detalhadas em um estudo que será publicado em breve na revista The Astrophysical Journal Letters. 
Segundo os pesquisadores, há dois cenários possíveis para que Próxima B seja potencialmente habitável: se ele for pequeno – seu raio mínimo foi estimado em cerca de 5.990 km – é muito denso. Seu núcleo seria metálico e muito grande, ocupando por si só dois terços do planeta.
O restante seria composto por um manto rochoso e – por que não – um pouco de água. “Este primeiro caso não exclui a presença de água na superfície do planeta, como ocorre na Terra, onde a massa de água não supera 0,05% da massa do planeta,” explica um comunicado comum da CNRS e da Universidade de Aix-Marseille.
O novo planeta seria, portanto, semelhante a Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol em nosso Sistema Solar. O outro cenário possível é de que Próxima B seja maior, com um raio máximo de 8.920 km.
Neste caso ele seria composto por 50% de rochas, rodeadas por 50% de água. Toda essa água formaria um imenso oceano com 200 km de profundidade, e recobriria toda a sua superfície.
“Nesses dois casos extremos uma fina atmosfera gasosa poderia englobar o planeta, como ocorre na Terra, fazendo com que Próxima B seja potencialmente habitável,” conclui o comunicado.
AFP 

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